Cinema autobiográfico rompe com clichês femininos da ficção

A cineasta, pesquisadora e professora doutora do ECCO/UFMT, Marithê Azevedo, enfatiza que o cinema autobiográfico produzido por mulheres cineastas possui um poder transformador ao romper com os clichês e estereótipos que historicamente têm limitado a identidade feminina a papéis estreitos, como esposa, mãe, amante, solteirona, e outros preconceitos moldados tanto pela ficção quanto pelo cotidiano machista. Em sua perspectiva, esse tipo de cinema abre uma janela para a desconstrução dessas categorias clichês, possibilitando a criação de novas representações e narrativas.

Marithê Azevedo, doutora em Artes Cênicas pela USP, concentra sua pesquisa na dramaturgia voltada para roteiros cinematográficos de ficção contemporâneos. Sua trajetória profissional foi marcada por inúmeras conquistas, destacando-se diversos prêmios, como o de melhor documentário no Festival Internacional de Cinema Feminino por Memórias Clandestinas em 2007, e o de melhor telefilme documental no Festival de Cinema de Mato Grosso por As cores que habitamos, entre outros reconhecimentos.

Além disso, Marithê roteirizou e dirigiu notáveis curtas-metragens de ficção, como “Bolhas de sabão desmancham no ar” (2012) e “Licor de Pequi” (2016). Ela também se dedicou à produção de documentários, com destaque para “Uterus Mundus”, que foi selecionado para o 26º Salão de Mato Grosso.

Através de seu trabalho inovador e engajado, Marithê Azevedo vem contribuindo para ampliar as vozes e perspectivas femininas na indústria cinematográfica e na sociedade como um todo. Suas obras e pesquisas demonstram a importância do cinema como uma ferramenta para a construção de novas representações da mulher, desconstruindo estereótipos e inspirando mudanças culturais significativas.

 

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