Há alguns anos publiquei o livro Poder do Atraso – Ensaios de sociologia da história lenta, que contém duas conferências que fiz na Universidade de Londres, em 1994. Uma, sobre “Clientelismo e corrupção no Brasil contemporâneo” e outra sobre “A aliança entre capital e propriedade da terra no Brasil: A aliança do atraso”. Nelas analiso a dimensão política das peculiaridades estruturais e históricas da sociedade brasileira, o que muda apenas lentamente, sem superações significativas e definitivas.
Desde minhas primeiras pesquisas, em 1965, tenho me interessado pelos fatores e causas do atraso desta sociedade. Os que discrepam em relação às sociedades que produziram o conhecimento inaugural de um objeto científico original e primevo, a sociologia.
A sociologia já estava nascendo quando o Brasil ainda tinha legalmente escravidão. E apenas esboçava a adoção de um pensamento propriamente sociológico em obras até hoje referenciais de Joaquim Nabuco e de Euclides da Cunha. E até numa obra surpreendente de Machado de Assis, O Alienista, um personagem alienado, louco e poderoso ao mesmo tempo. Até hoje um persistente traço do nosso caráter nacional e das nossas limitações políticas.
Para saber a matéria completa, acesse: https://jornal.usp.br/articulistas/jose-de-souza-martins/critica-da-sociologia-de-um-brasil-que-nao-e/
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