Pensar a história sempre foi uma tarefa significativa para a cultura, especialmente para as artes. Esse trabalho particular da memória implica revalorizar e discutir a identidade de um grupo social específico, tornando possível compreender e agir diante do momento histórico em que se vive. A preocupação com a forma de apresentar a história tem sido muito presente nas discussões culturais das últimas décadas. As chamadas “histórias oficiais”, presentes em qualquer contexto, são constantemente questionadas e reformuladas sob diferentes aspectos. Assim, o movimento cultural exige uma revisão contínua dos fatos lembrados e das memórias herdadas. Há um interesse em elaborar visões a partir de múltiplas perspectivas, considerando diferentes pontos de vist
Como compreender e valorizar nosso passado? Como perceber o presente que nos afeta? Quais perspectivas devemos fortalecer para o futuro? Essas são questões marcantes que sempre nos acompanham. A história compartilhada sempre foi um tema de grande impacto nas artes, com expressões significativas na literatura e no cinema. Da mesma forma, as artes cênicas também têm se manifestado vigorosamente dentro dessa perspectiva de reflexão. Esse tema está, ainda, profundamente ligado à construção cênica de novas tendências teatrais e linguagens contemporâneas de investigação, permitindo uma reflexão ativa sobre a história em diferentes contextos.
Neste dossiê, propomos uma análise sobre como as artes cênicas discutem e refletem sobre diversos aspectos de sua história. Buscamos reunir vozes investigativas que emergiram e continuam a percorrer esse caminho. Como a narrativa histórica que recebemos nos afeta? Que histórias ocultas ou esquecidas queremos trazer à luz? Que parte da nossa história desejamos resgatar ou construir?
As artes cênicas também evidenciam a necessidade de debater uma construção histórica recebida com incertezas, dores, traumas, nostalgias, lacunas, amores históricos guardados, ilusões perdidas ou a esperança de reencontrá-las. A história afeta, dói e move, pois o presente político e social nos inquieta. Isso tem levado artistas cênicos, em suas diversas áreas e com diferentes motivações, a buscar no passado histórico respostas que nos permitam reunir forças — seja como uma ilusão de nação, seja como o anseio de um grupo social — diante das incertezas que vivemos.
Para saber mais, leia a matéria completa em:https://revistas.pucp.edu.pe/index.php/kaylla/convocatoria
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